Continuando a série Influências, em que listo as minhas maiores referências e tento descrever, em poucas palavras, como a vida e a obra dessa pessoa me inspiram. Para ler os outros textos, clique na tag.
Como me influencia
A escrita de Ursula K. Le Guin me fascina para muito além dos mundos que ela imaginou; a sofisticação do seu texto me encanta. Tem textura. Tem potência.
Há espaço na ficção científica para ser poética, para ser política, para ser humana. Para ser mulher.
Os mundos que ela imaginou me provocam a repensar o próprio mundo em que vivo.
Utopia não é um destino final, é um processo.
Me mostrou que não preciso me preocupar em me enquadrar em um gênero literário para me adequar às demandas do mercado, do público, da crítica, das editoras. “Rótulos se transformam em prisões”.
Ursula me fez pensar para além da ótica masculina sobre o mundo e sobre a construção das histórias. Não foi a lança a primeira ferramenta da humanidade, foi uma bolsa.
Romances têm o formato de uma sacola: eles servem para guardar palavras. Carregar significados.
Os nossos sonhos podem moldar a realidade.
Algumas obras
- “A mão esquerda da escuridão”
- “A curva do sonho”
- “Floresta é o nome do mundo”
- “Os Despossuídos”
- “O Feiticeiro de Terramar”
- O ensaio “The Carrier Bag Theory of Fiction”
No Valekverso
- Em Uma Palavra, na edição “Voltar para casa”
- Menciono a entrevista sobre rótulos literários no texto “Forasteira nas fronteiras da escrita”
Uma resposta para “Ursula K. Le Guin”
Ursula tá fresquinha na minha vida, e traz esse vento de desafiar os pés a se manterem no mesmo lugar. Como dizem por aí, só li verdades (mesmo sabendo que não devo confiar na narradora).